Áreas prioritárias para conservação de abelhas

Em dois estudos recentes, nossa equipe aponta onde estão localizadas as áreas de maior relevância para a conservação de abelhas da Mata Atlântica

Áreas prioritárias para conservação de abelhas sem ferrão e de abelhas das orquídeas são apontadas em dois estudos recentes na revista Journal of Insect Conservation.

Por que apontar áreas prioritárias para a conservação de abelhas?

As abelhas desempenham um importante papel nos ecossistemas como polinizadores de plantas de ambientes naturais e interesse econômico. Com o grave declínio que os polinizadores vem sofrendo nas últimas décadas, é imperativo que saibamos onde estão localizadas as áreas que concentram a diversidade genética destes insetos para assim podermos investir esforços para conservação.

Modelagem de nicho climático

A paleomodelagem é uma excelente ferramenta para determinação de áreas prioritárias para conservação

A metodologia utilizada nestes trabalhos para indicar as áreas prioritárias para conservação foi a paleomodelagem. Baseando-se nos princípios de que populações das espécies analisadas apresentam maior diversidade genética nas zonas de estabilidade climática histórica, simulamos as distribuições de várias espécies em diferentes períodos geológicos e encontramos aquelas em que, potencialmente, haviam populações independente das oscilações climáticas do planeta. Desta forma, encontramos zonas de estabilidade que chamamos de refúgios. Estes refúgios, quando avaliados em conjunto, devem corresponder, portanto, às áreas em que a assembleia de espécies estudada apresenta maior diversidade genética. Veja abaixo estas publicações e boa leitura!

Links para os artigos

Carvalho, A. F.; Del Lama, M. A. Predicting priority areas for conservation from historical climate modelling: stingless bees from Atlantic Forest hotspot as a case study. Journal of Insect Conservation, v. 19, p. 7, 2015. [Link]

Miranda, E. A.; Carvalho, A. F.; Miranda, J. J. G.; Souza, C. R.; Costa, M. A. Priority areas for conservation of orchid bees (Apidae, Euglossini) in the Atlantic Forest. Journal of Insect Conservation, v. 23, p. 613-621, 2019. [Link]